Headlander | REVIEW

Um futuro onde você é uma cabeça dentro de um capacete voador e usa corpos de robôs pra se locomover. Headlander é INCRÍVEL!

A Ambientação de Headlander me lembra Os Jetsons, porém em um nível de loucura muito mais extrapolado quando se trata de ficção-cientifica, uma pegada de anos 70 futurístico completamente insano e divertido. A Double Fine é perita em jogos que extrapolam conceitos, responsáveis por Brutal Legend, Psconauts e muitos outros jogos insanos. Headlander é um metroidvania único que tenta se distanciar do comum e manter os elementos clássicos por perto.

COMO CATIVAR O INTERESSE DO JOGADOR

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O jogo se passa em um mundo alternativo onde a consciência humana foi transferida para robôs, que vivem uma utopia no espaço. A estética segue padrões que conhecemos em filmes de ficção-cientifica dos anos 70, com cores vibrantes e uma aspecto bem psicodélico. E fácil enxergar todo o carinho e atenção que foi colocado no visual sensacional de Headlander. Todos os locais do jogo são ricos em detalhes diferenciados uns dos outros, desde o Domo do Prazer (onde os robôs ficam dopados e felizes demais sem se preocupar com que esta acontecendo ao seu redor) até um jogo de xadrez mortal onde as peças são os próprios robôs.

O jogo fica bem mais psicodélico à medida que você vai enfrentando os robôs e suas armas lasers coloridas com raios que recocheteiam nas paredes, a experiencia visual é sem sombra de duvidas sensacional.

A JOGABILIDADE GOSTOSA DE HEADLANDER

A jogabilidade impressiona até quando paramos para observar o que os inimigos estão fazendo. Todos os robôs são interessantes, desde o jeito que eles se movem, atacam e até quando estão parados. Em certos cenários ficam tão interativos que o personagem começa a dançar deixando o jogo extremamente charmoso e diria ate excêntrico, como e de costume da Double Fine em seus jogos. O Level design (que é a coisa mais importante dentre os metroidvanias) e impecável deixando o jogo sempre fluído, mostrando atenção aos mínimos detalhes.

A trilha sonora não só acompanha como também complementa a identidade visual do jogo, misturando instrumentos reais com digitais, e harmonizando estilos. A melodia consegue exaltar e melhorar cada momento em Headlander sejam eles os mais calmos ou os caóticos momentos emocionantes de combates, isso ajuda demais na ambientação do jogo.

AS LOUCURAS EM HEADLANDER

Pra começar controlamos uma cabeça humana que é na verdade o ultimo resquício em carne e osso da humanidade, onde todos os outros moradores da estação espacial são completamente robóticos livres da carne. O problema é que uma inteligencia artificial controla tudo e a todos, cabendo a você derrota-la. A História bizarra é interessante de se acompanhar e chama a atenção logo no início, reforçada também pelos personagens carismáticos numa história simples.

Como em qualquer metroidvania o jogo limita algumas áreas que só podem ser acessadas depois de alguns Upgrades no personagem, e como jogamos com uma cabeça voadora todos essas melhorias são feitas na mesma, desde sucção pra arrancar as cabeças dos inimigos e tomar o lugar delas, até boosts para que o capacete possa destruir obstáculos.

Para acessar certos locais em Headlander você precisa de robôs das cores das portas e essa simples mecânica deixa o jogo extremamente interativo, onde podemos correr de um lado para o outro desviando de tiros, tomando novos robôs e preservando alguns apenas pra acessar certos lugares deixam o jogo super animado e emocionante. Dentre os jogos da Double Fine, o jogo se destaca pela dinâmica: uma hora você esta resolvendo puzzles e explorando locais incríveis e detalhados e em outro momento esta no meio de uma guerra entre duas facções de robôs em um combate mortal.

Headlander consegue divertir do início ao fim sem deixar a peteca cair, apesar da experiencia com o último chefão ser um tanto frustrante. Nada que tire o prazer dessa maravilhosa aventura.