Os Guardiões é um filme de super-heróis que surge trazendo certa expectativa por se tratar de uma produção completamente russa, mas falha e muito! Apesar disso, a obra é uma pérola e arrancou muitas gargalhadas do público e é um filme ruim que todos precisam assistir.
Tudo na história é muito clichê. Como já era de se esperar, a trama começa na Guerra Fria e envolve um cientista louco que fazia experimentos na época da antiga União Soviética para criar Super-Humanos. O cientista causa uma explosão em seu laboratório assim que tentam prendê-lo e milagrosamente ganha super músculos e o poder de controlar aparelhos eletrônicos com a mente. A partir daí ele se torna o vilão da história, cujo objetivo não fica claro em momento algum da trama, mas sabemos que ele quer dominar o mundo e explodir Moscou.
Para destruir o vilão, um grupo de Super-Humanos que ele mesmo criou é chamado e assim surgem Os Guardiões ─ título que aparece duas vezes no começo do filme ─ um grupo de 4 heróis com poderes diferentes e histórias tristes contadas de forma tão clichê e desconexa que tiram gargalhadas da plateia. Os poderes têm muita personalidade e os atores são bem diferentes entre si: temos uma mulher com poder invisibilidade na água, um asiático com super velocidade, um malhado que se transforma em lobisomen ou urso (e obviamente fica sem camisa na maior parte do tempo) e o mais velho do grupo que tem o poder de atrair rochas.
A partir daí, se constrói uma trama complicada, com inúmeros furos de roteiro e time line confusa. Personagens somem e aparecem em lugares diferentes o tempo todo, alguns poderes parecem ser esquecidos no meio do caminho e as histórias aumentam a cada minuto que passa.
Apesar dos efeitos serem bem feitos na personagem invisível e no homem com capacidade de atrair rochas, eles deixam muito a desejar no vilão e no homem-urso. Digamos que Michael Jackson ficou mais convincente como lobisomen em Thriller, ─ um vídeo clipe de 1983! ─ e que o vilão se parece com o Sloth, numa versão “ex-malhado que exagerou nos esteroides”.
Deixo meus parabéns para Valeriya Shkirando, a atriz que interpretou a personagem responsável por reunir e liderar o grupo ─ ponto para os russos que estão colocando mulheres em papeis de liderança ─ e ainda ouviu com cara séria à todas as tristes histórias dos heróis. Realmente acredito que o problema do filme foi o roteiro mal escrito e não os atores em si. O grupo é bem carismático.
Apesar de todas essas críticas e nota ruim, recomendo que assistam o filme. É uma pérola super divertida se não for levada a sério. Bom pontuar que uma sequência já está sendo produzida na China e promete trazer mais heróis diferentes e loucuras russas. Com certeza confirmarei presença na estreia de Os Guardiões 2, a sequência do que já pode ser considerado o melhor-pior filme do ano!