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Choradeira em Hollywood: Filmes de HQs é o problema?

O que os diretores de filmes como Duro de Matar e Os Embalos de Sábado à Noite têm em comum?

Nem todo reacionário está nessa condição por opção. Muitas vezes somos pegos pela sedutora memória afetiva, onde situações já vividas são romantizadas. Com certeza esses momentos podem ter trago felicidades, mas se esquece das dificuldades, tornando o passado perfeito e imutável ideologicamente falando.

Bruce Willis em Duro de MatarOs últimos dias têm sido uma amostra disso. O diretor do primeiro Duro de Matar , John McTiernan, destilou seu ódio ao Capitão América e filmes de super-heróis em geral. Já perto do quadragésimo aniversário de Os Embalos de Sábado à Noite, o diretor John Badham disse em entrevista ao Omelete que a indústria do cinema só pensa em quadrinhos (batendo na mesma tecla).

McTiernan ataca veementemente o simbolismo do Capitão América afirmando que a exagerada ideia de masculinidade do personagem levou diversas pessoas à morte. Mas onde se encaixaria o John McClane eternizado por Bruce Willis nesse contexto ou até mesmo Dutch (Arnold Schwarzenegger) de O Predador (outro filme com sua direção)? E mesmo trazendo novidades para o gênero de ação, esses filmes fazem parte da grande tendência da época: filmes protagonizados pelos brucutus exalantes de feromônios como Sylvester Stallone e os supracitados Willis e Arnold. Esses caras eram o que os filmes de quadrinhos são hoje!

Hora do Rush, série inspirada no filme

Já a cara de pau de John Badham é enorme se observarmos seu atual currículo na TV. Parece que na telinha seu argumento sobre quadrinhos não tem problema pois ele dirigiu episódios para as séries Arrow e Constantine, e por mais que você goste, não inovam em nada. Mas ele trabalha também em Supernatural, aquela série que não acaba nunca. E como ele gosta tanto de inovar, lembremos de seu comando nas adaptações para a TV de “12 Monkeys” e “Rush Hour”, essa última cancelada já na primeira temporada.

Tanta choradeira não pode partir de pessoas com capacidade e oportunidade de oferecer trabalhos legais e por vezes inovadores. Mesmo porque grandes sucessos recordistas de bilheteria atualmente são filmes das antigas, como Jurassic World e o novo Star Wars. Há espaço para todos, seja filmes de HQs ou não, o importante é não abandonar a necessidade de se contar boas histórias. Deadpool e Guardiões da Galáxia e até a trilogia Nolan com Batman são exemplos de como os ‘filmes de heróis’ podem oferecer algo inovador mesmo num ramo “mais do mesmo” como alguns julgam (equivocadamente).

Daí a importância de caras como Nolan, James Gunn e Joss Whedon. Às vezes é preciso parar com tanta reclamação e fazer uma auto-crítica, pois senão ficamos preteridos em relação aos outros profissionais do meio, de repente tendo que produzir coisas da qual criticamos. O passado pode realmente ter sido lindo, deixando saudades. E seria sensacional poder voltar no tempo num DeLorean, mas a vida real é muito mais complexa.

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