A Última Ressaca do Ano l Crítica

A Última Ressaca do Ano é festival de clichês funcionais que inaugura o circuito festivo dos filmes pipocas nesse resto de 2016

Por Lucas Muniz

A última Ressaca do Ano abre alas para os filmes de natal nesse 2016. Temos aqui questões de valores morais, festa de escritório e bebedeiras que se amplificam com o espírito natalino, podendo até tentar converter o mais gélido dos corações… e conseguir contratos milionários.

Após a morte do pai, os irmãos Clay e Carol Vanston lutam pelo da empresa por ele criada na área de tecnologia. Presidente da companhia, Clay é ameaçado por Carol (CEO), que planeja inclusive demissões em massa. Dessa forma, ele decide organizar uma espetacular festa com ajuda de seu amigo Josh, para impressionar um novo cliente e se garantir no poder.

a-ultima-ressaca-do-anoO filme lembra um pouco Se Beber Não Case no que se diz respeito ao “politicamente incorreto”. Há humor negro no filme mas de certa forma mais polido. É um tipo de humor presente no longa que flerta com o no sense, pontual na maioria das vezes. O corte de cena rápido também é um elemento que ajuda bastante no “timing” das piadas, até as mais bobas e aparentemente sem graça, fazendo você esboçar um sorriso leve.

Jason Bateman (Arrested Development) e T.J. Miller (Deadpool) são os destaques do filme, com uma sinergia bacana e bem funcional tornando tudo mais interessante em A Última Ressaca. Jennifer Aniston (Friends) tem um papel que é mais pontual vivendo a famosa vilã chefe e lembrando um pouco “O Diabo Veste Prada”, e é nela que se concentra um dos finais felizes do filme, o famoso “essa pessoa pode mudar com o amor e a família.”

L-R: Kate McKinnon as Mary Winetoss, Jason Bateman as Josh Parker, T.J. Miller as Clay Vanstone, Olivia Munn as Tracey Hughes in OFFICE CHRISTMAS PARTY by Paramount Pictures, DreamWorks Pictures, and Reliance Entertainment

Seus pontos positivos são funcionais, mas é uma comédia que cai dentro do clichê, totalmente previsível e bem dentro dos moldes de filmes do gênero, o que por uma ótica pode ser ruim, mas em nenhum momento o filme tenta lhe passar a proposta de que é revolucionário ou algo do tipo, é apenas um filme pipoca para o o espectador relaxar durante uma hora e meia e dá umas boas risadas.

Se vale a ida ou não ao cinema, acho que posso dizer que tanto faz, não vai fazer falta assistir na telona, mas se for ao shopping e não souber o que assistir, dá uma conferida.